Quanto Tempo Demorou Para Construir Uma Pirâmide No Egito Antigo

As pirâmides, uma das maravilhas do mundo, são uma maravilha antiga, mas surpreendente, da humanidade. Construídas no Egito Antigo entre 2630 a.C. e 2590 a.C., elas são tão icônicas da região quanto a Esfinge. Uma das perguntas mais misteriosas sobre essas estruturas fantásticas é: quanto tempo levou para construir uma?

Especialistas que estudam a estrutura de cada pirâmide encontraram evidências claras de sua construção. Segundo eles, o tempo real de construção varia entre 20 e 30 anos e foi um esforço de equipe altamente coordenado. As autoridades egípcias recrutaram trabalhadores de vilas vizinhas para trabalhar no projeto e os pagaram em espécie, com grãos e outras mercadorias básicas. Isso indica que o processo foi um esforço enorme.

Os antigos egípcios dominaram muitas técnicas de engenharia para concretizar seu sonho. Primeiro, as pirâmides foram todas projetadas com o mesmo conceito: abrigar e preservar o corpo de um faraó pela eternidade. O formato único também foi criado para manter visitantes inesperados longe. Eles tiveram que considerar a melhor maneira de fornecer material, trabalhadores, ferramentas e habilidades suficientes para o projeto, e o planejamento teve que ser adaptado ao terreno geográfico e cultural único da região.

Os antigos egípcios costumavam extrair grandes blocos de tufo vulcânico e granito para o revestimento e as enormes lajes que colocavam umas sobre as outras. O método usado para deslocar essas rochas mais leves era um plano inclinado composto de toras de madeira revestidas de óleo. Essa técnica ajudou a levar os blocos pelas encostas das pirâmides com mais facilidade. A estrutura interna tem muitos níveis escalonados e a criação dessas camadas foi pensada para ser feita em três etapas: extração, transporte e colocação.

Para garantir que o projeto fosse seguro, acredita-se que os egípcios usaram arquitetos e agrimensores competentes. Eles também tiveram que desenvolver estratégias reais para a organização das equipes de construção, com capatazes encarregados de diferentes manobras. Eles até tiveram que considerar as emoções associadas ao seu trabalho: por exemplo, a procissão funerária se tornou parte do ritual dos construtores para dar-lhes motivação extra.

A melhor maneira de avaliar todo o processo de construção das pirâmides é observar seus diferentes estágios e revisar dados da época. Os estudiosos diferem em suas opiniões, mas a maioria concorda que a pirâmide de Gizé levou entre 20 e 30 anos para ser construída. No entanto, construir cada uma delas foi um experimento em si; os governantes tiveram que tentar estratégias diferentes e adaptar materiais e ferramentas conforme o projeto prosseguia, então não havia apenas um sistema usado para as pirâmides.

Técnicas usadas para mover grandes blocos

As ferramentas usadas para mover os grandes blocos que compõem as pirâmides eram altamente avançadas para o período e por muitos anos depois. Embora alavancas, cordas e guinchos fossem usados ​​para içar os blocos, o método principal era um plano inclinado. Isso envolvia árvores sendo alinhadas e untadas com óleo vegetal para tornar a superfície escorregadia e, em seguida, prender uma corda ao bloco para puxá-lo pela rampa. Esse método era trabalhoso, mas muito eficaz e permitia que os egípcios movessem essas pedras enormes com relativa facilidade.

O método poderia ser melhorado ainda mais adicionando mais troncos e pedras abaixo do bloco para ajudar na tração. Eles também reforçaram a superfície com cascalho compactado para melhorar a superfície e criar um caminho ligeiramente inclinado para mover os blocos. Acredita-se que essa técnica tenha sido perfeita para a construção das pirâmides.

Estima-se que os trabalhadores que construíram as pirâmides estavam trabalhando em grupos de vinte. Embora esses grupos fossem compostos por engenheiros, arquitetos e agrimensores qualificados, o maior número seria de trabalhadores, com capatazes instruindo-os sobre como mover os blocos.

Os egípcios usavam uma variedade de ferramentas e instrumentos para cortar as pedras com precisão e exatidão absoluta, entre eles o martelo Bray e a furadeira de pedra. Eles também usavam formões de cobre e várias outras ferramentas como marretas, hastes e serras para os detalhes mais finos. No geral, as ferramentas usadas pelos egípcios eram extremamente avançadas para o período.

O impacto da escravidão no tempo de construção

Existem diferentes opiniões sobre o que exatamente estava por trás da construção das pirâmides. Especialistas presumem que escravos não foram usados ​​no projeto, pois registros escritos não foram encontrados, no entanto, alguns argumentam que escravos eram comumente usados ​​em projetos tão grandes na época. Em qualquer caso, está claro que o trabalho dos egípcios envolvia um alto grau de trabalho duro.

O uso de escravos, ou outras formas de trabalho forçado, era uma prática comum no Egito Antigo. Era a principal forma de reforçar o poder real e uma maneira clara de apoiar dinastias. Inevitavelmente, o uso de escravos está associado a uma enorme quantidade de sofrimento humano, e este não é um fator a ser desconsiderado ao considerar a quantidade de tempo necessária para construir as pirâmides.

Investigações recentes de construtores mumificados indicam que a expectativa de vida daqueles que trabalharam nas pirâmides era significativamente menor do que a de sua realeza e classes altas. O esforço físico do trabalho constante, combinado com a falta de acesso a cuidados médicos e o ambiente inclemente do deserto, condenou muitos a uma morte prematura.

A evidência de quanto tempo levou para construir cada pirâmide também pode ser encontrada na localização e no número de marcas de pedreira que permanecem ao redor delas. Essas reentrâncias esculpidas dos arpões que foram usados ​​para levantar as pedras deram uma impressão do número de blocos que tiveram que ser movidos e também revelam a duração da construção de cada pirâmide.

Uso de matemática e geometria pelos antigos egípcios

As pirâmides do antigo Egito são famosas não apenas por sua altura, mas também por suas formas geométricas quase perfeitas. Essa precisão não veio espontaneamente: exigiu uma compreensão altamente desenvolvida de matemática e geometria e, mais importante, coragem e força para colocar esses conceitos em prática. Os egípcios, e especialmente os artesãos responsáveis ​​pela construção das pirâmides, eram extremamente conhecedores, mostrando uma compreensão da matemática que era muito avançada para a época.

Os egípcios acreditavam que o uso correto da geometria levaria à vida eterna, e por isso era importante que as pirâmides fossem construídas com a maior precisão possível. Para isso, eles desenvolveram técnicas para medir ângulos e testar linhas retas, que eram perfeitas para garantir que as pirâmides fossem construídas sem falhas. Eles também usaram ferramentas como a ‘Vara do Estrabismo’ para medir inclinações e o ‘fio de prumo’ para avaliar o alinhamento dos blocos usados ​​na construção.

Os antigos egípcios também eram proficientes em geometria e astronomia e isso se refletiu na arquitetura das pirâmides. Eles possuíam um conhecimento avançado de geometria e trigonometria, o que os permitiu criar os alinhamentos que ainda existem até hoje. Eles também podiam resolver equações complexas de cabeça usando apenas ferramentas e instrumentos simples.

Os matemáticos mais respeitados durante a época da construção das pirâmides eram os escribas ‘Kaht’, que eram responsáveis ​​pelos cálculos precisos dos comprimentos das bordas inclinadas da pirâmide e pela criação dos planos preliminares de construção. Eles eram tidos em tão alta estima que eram retratados como deuses em murais e desenhos, enfatizando a importância que os egípcios davam à matemática.

Legado das Pirâmides

O legado das pirâmides ainda é forte até hoje, milhares de anos após sua conclusão; elas se destacam como um feito impressionante de engenharia, matemática e trabalho humano. Os egípcios foram capazes de construir algumas das arquiteturas mais admiráveis ​​e duradouras utilizando técnicas avançadas, materiais e uma grande disposição para superar desafios físicos e emocionais.

O legado das pirâmides impactou muitas técnicas modernas de engenharia e científicas e inspirou gerações. Certamente desempenhou um papel fundamental em nossa apreciação da história e cultura dos antigos egípcios.

Por que a Pirâmide de Gizé ainda está de pé

Com uma altura de 146 m, a Grande Pirâmide de Gizé é certamente uma visão astronômica. O fator interessante é que, apesar da passagem do tempo – mais de 4.000 anos – o local ainda está de pé hoje. Isso se deve principalmente à durabilidade da estrutura, que foi construída usando métodos altamente avançados para a época.

As pedras das pirâmides foram cortadas de rocha sólida e perfeitamente unidas, criando uma vedação hermética que as protege dos elementos. Os designers aplicaram seu conhecimento avançado de geometria e trigonometria para criar uma estrutura forte e equilibrada, o que garantiu que as pedras não desabassem devido ao seu peso incrível.

Os materiais usados ​​também contribuíram para a durabilidade das pirâmides – o calcário, a argamassa e o granito são alguns dos materiais de construção mais fortes e duráveis ​​do mundo. O design das pirâmides também aproveitou a energia do sol e do vento, usando o ar quente do deserto para manter as estruturas aquecidas no inverno e frescas no verão.

As pirâmides realmente revelam a habilidade e a dedicação dos antigos egípcios e são um bom lembrete das tecnologias complexas que eles desenvolveram e aperfeiçoaram.

Conclusão

O processo de construção das pirâmides do Egito Antigo foi extremamente complexo e exigiu muita paciência, organização, habilidade e dedicação. É difícil determinar o tempo exato que levou para concluir cada pirâmide, pois a construção envolveu vários estágios e estratégias. No entanto, especialistas concordam que o tempo necessário para construir a Grande Pirâmide de Gizé foi entre 20 e 30 anos, administrado por milhares de trabalhadores e engenheiros.

Clarence Norwood

Clarence E. Norwood é um autor e estudioso especializado em história e arqueologia de povos antigos. Ele escreveu extensivamente sobre as civilizações do Oriente Próximo, Egito e Mediterrâneo. Ele é autor de vários livros e artigos sobre uma ampla gama de tópicos, incluindo a evolução do alfabeto, o surgimento das nações antigas e o impacto das culturas e religiões antigas na sociedade moderna. Ele também conduziu pesquisas de campo arqueológicas no norte da África, Oriente Médio e Europa.

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